Conhecimentos são informações disponíveis que
o homem possa aprender para um determinado fim.
No sentido restrito, podemos dividir os
conhecimentos em dois tipos: conhecimentos físicos e conhecimentos morais.
Os conhecimentos físicos são os que obtemos
para o exercício das diversas atividades que temos. A aplicação desses
conhecimentos permite o surgimento de constantes e progressivos meios,
instrumentos e técnicas de produção agrícola, piscatória, industrial,
energética, comercial, hoteleira, beleza física, posição corporal, bem como dos
serviços financeiros, bancários, de cultura, de arte, de artesanato, de
desportos e sistemas de tecnologia e de informação, entre outros. Ou seja,
estes conhecimentos constituem as nossas profissões que temos de médico,
carpinteiro, lenhador, lavrador, analista de sistema, financeiro, bancário, pescador,
sapateiro, químico, etc.
Os conhecimentos morais são os que dizem
respeito a forma como relacionamos connosco próprio, com os outros indivíduos,
com os animais, plantas, ambiente, minérios, equipamentos, materiais, etc. Ou
seja, os conhecimentos morais são as formas de comportamentos do homem quando
se relaciona com o próprio e com tudo que lhe diz respeito (sociedade e
natureza). Os conhecimentos morais se traduzem em sentimentos positivos que
possuímos (humildade, altruísmo, tolerância, paciência, inclusão, resiliência,
etc.).
Esses dois tipos de conhecimento são
suportados pela comprovação científica de uma forma ou outra, agora ou mais
tarde, porque têm de ser absorvidos pelas ciências que lhes dão o suporte, a
validade, a utilidade e outras características científicas, desenvolvendo, por
isso, ainda maiores conhecimentos.
Eles são elementos que servem para constituir
as normas, as regras, os princípios, os costumes, os hábitos, as tradições, as
posturas, os regulamentos, as brochuras, os manuais, os compêndios, os sistemas
e os procedimentos de trabalho, enfim, tudo o que de uma forma organizada,
ordenada e útil serve para ser disponibilizado, aprendido e utilizado para o
progresso do indivíduo e da coletividade.
Podemos deduzir que os dois tipos de conhecimentos
se influenciam mutuamente. No entanto, apesar dos conhecimentos físicos
permitem o crescimento do homem em todas as suas dimensões e a melhoria
constante do nosso planeta, eles, em última instância servem para a melhoria da
conduta moral do ser humano, ou seja, para maiores e melhores conhecimentos
morais.
Uma pessoa pode, nesta encarnação, ser médica,
mas, no fundo, esses conhecimentos da profissão que tem são úteis e válidos
quando são para a melhoria da sua formação moral (melhoria dos sentimentos)
porque ao deixar este planeta não leva esses conhecimentos para serem
praticados no seu mundo espiritual respetivo. E quando reencarna terá uma profissão
(ocupação profissional), em outros contextos, que irá ser exercida conforme os
seus conhecimentos morais (sentimentos) e o ambiente físico do mundo onde passa
a viver.
Porém, quando uma pessoa tem mais
conhecimentos morais, melhor pode servir e utilizar a sua profissão para o
enaltecimento de si e de todos, incluindo a própria profissão que exerce.
No entanto, esses dois tipos de conhecimentos
são evolutivos. Partimos de menos conhecimentos físicos para mais conhecimentos
físicos, como também partimos de menos sentimentos (negativos) para mais
sentimentos (positivos). A televisão não existia há 100 anos atrás, como, neste
momento, não usamos a energia solar diretamente sem um conversor, mas, no
futuro, isso poderá acontecer. Também o homem, 100 anos atrás, era menos
tolerante de que agora. E, de certeza, que daqui há 100 anos será mais
tolerante que hoje.
Conforme o indivíduo tem mais conhecimentos
morais, maiores serão os conhecimentos físicos. Ou seja, estes estão na
dependência daqueles, embora estão interligados e interdependentes.