Parte I: Esquizofrenia na interpretação da ciência
Nesse estudo, faremos
observações e apontamentos sobre a Esquizofrenia na interpretação da ciência,
em particular em áreas do conhecimento que tem como objeto de estudo a mente, tais
como: a Psiquiatria, a Neurociência e a Psicanálise. Posteriormente, iremos correlacionar,
à luz dos conhecimentos da Filosofia Racionalista Cristã, tais abordagens
científicas com a interpretação Espiritualista, para compreendermos a
complexidade dessa doença mental em perspectiva geral, mais profunda, para
tirarmos algumas conclusões plausíveis.
A etimologia da palavra Esquizofrenia provém
da língua grega, que significa “mente dividida”, literalmente expressando a
diferença existente entre o pensamento da pessoa enferma e o que ela entende
ser a realidade.
Na interpretação da Psiquiatria, a Esquizofrenia é uma doença psíquica caracterizada pela distorção dos acontecimentos. Os seus sintomas principais são distinguidos em dois tipos: positivos e negativos. Os positivos incluem alucinações, delírios, ouvir e ver coisas fantásticas, descontrole no pensamento, desequilíbrio e desorganização nas atitudes e atos. Os negativos são apatia, mania, toques, falar e gesticular sozinho, falta de atenção, insociabilidade, incoerência na fala, sentir prazer na ociosidade.
Na interpretação da Psiquiatria, a Esquizofrenia é uma doença psíquica caracterizada pela distorção dos acontecimentos. Os seus sintomas principais são distinguidos em dois tipos: positivos e negativos. Os positivos incluem alucinações, delírios, ouvir e ver coisas fantásticas, descontrole no pensamento, desequilíbrio e desorganização nas atitudes e atos. Os negativos são apatia, mania, toques, falar e gesticular sozinho, falta de atenção, insociabilidade, incoerência na fala, sentir prazer na ociosidade.
Inicialmente, através dos
estudos feitos por Emil Kraepelin (1856-1926), Alois Alzheimer (1864- 1915), Eugen
Bleuler (1857-1939), a Esquizofrenia foi interpretada sob o argumento organicista,
ou seja, de que os relatos apresentadas pelos pacientes eram consequências das alterações
neurológicas do cérebro.
Assim, qualquer situação observada, mesmo que nitidamente não tivesse explicação cerebral, como imaginações, mania de perseguição, sensação de estar sendo vigiado ou controlado por outrem como muitos pacientes retrataram, eram considerados como consequência, direta ou indireta, de alterações no sistema nervoso, apenas. Devido às primeiras pesquisas feitas sobre a Esquizofrenia terem concluído que a doença era resultado de alterações funcionais e estruturais no cérebro, diversas pesquisas neurológicas foram feitas nos anos seguintes para responder algumas hipóteses.
Assim, qualquer situação observada, mesmo que nitidamente não tivesse explicação cerebral, como imaginações, mania de perseguição, sensação de estar sendo vigiado ou controlado por outrem como muitos pacientes retrataram, eram considerados como consequência, direta ou indireta, de alterações no sistema nervoso, apenas. Devido às primeiras pesquisas feitas sobre a Esquizofrenia terem concluído que a doença era resultado de alterações funcionais e estruturais no cérebro, diversas pesquisas neurológicas foram feitas nos anos seguintes para responder algumas hipóteses.
Em um primeiro momento, tais investigações
comprovaram que pessoas esquizofrênicas apresentam cérebros, crânios, regiões e
partes do cérebro menores ou com baixo funcionamento, em comparação com pessoas
sem a doença, apesar de não se saber exatamente as consequências do que isso possa
acarretar na vida das pessoas, existindo apenas especulações.
A explicação mais aceita na Neurociência para os sintomas de Esquizofrenia é a “hipótese dopaminérgica”, que sugere que os sintomas dessa patologia devem-se à hiperatividade do sistema de dopamina, uma área do cérebro que se interliga a várias outras, cujo excesso de dopamina poderia gerar a hiperatividade dos neuroreceptores gerando difusões no potencial de ação dos neurotransmissores e que em ampla quantidade efetivaria modificações metabólicas em locais do cérebro, causando agravos à saúde. No entanto, tais considerações sempre são revisadas e aperfeiçoadas à medida que novos estudos surgem e nem sempre possuem argumentos totalmente convincentes, até mesmo nos meios acadêmicos.
A explicação mais aceita na Neurociência para os sintomas de Esquizofrenia é a “hipótese dopaminérgica”, que sugere que os sintomas dessa patologia devem-se à hiperatividade do sistema de dopamina, uma área do cérebro que se interliga a várias outras, cujo excesso de dopamina poderia gerar a hiperatividade dos neuroreceptores gerando difusões no potencial de ação dos neurotransmissores e que em ampla quantidade efetivaria modificações metabólicas em locais do cérebro, causando agravos à saúde. No entanto, tais considerações sempre são revisadas e aperfeiçoadas à medida que novos estudos surgem e nem sempre possuem argumentos totalmente convincentes, até mesmo nos meios acadêmicos.
O criador da Psicanálise,
Sigmund Freud (1856-1939), na obra Neurose e Psicose (1924), concluiu que os
problemas dos pacientes não são predominantemente orgânicos, tais como expostos
anteriormente, mas sim, de origem psíquica, o que fez com que esse autor
efetuasse críticas aos conhecimentos em voga em seu tempo, chegando a
expressar, depois, que as interpretações dos relatos psíquicos ocorrem devido
aos conflitos de algumas estruturas da mente (Id e Ego), que envolveria a
repressão pelo Ego (parte que controla os impulsos do Id para não entrar em
conflito com o mundo exterior da vida cotidiana) dos desejos inconscientes do
Id (força que provém predominantemente de desejos sexuais), passando a criar
mundos imaginários.
Freud concluiu que pacientes esquizofrênicos tendem a entender os acontecimentos de outro modo, oposta ao que as pessoas compartilham, forjando outras situações, quase sempre irreais, embora essas singularidades fizessem sentido para esses indivíduos, impossibilitando-os de considerar que estejam equivocados sobre suas conclusões por estarem convictos sobre suas descrições serem autênticas e não fruto de idealizações fictícias. Conforme ele disse, “[...] o mundo exterior não é percebido de modo algum ou a percepção dele não possui qualquer efeito" (FREUD, 1996, p. 168) para esses indivíduos. Por isso, ele chegou a considerar que, com base no desenvolvimento da Psicanálise até então, que os pacientes com Esquizofrenia eram intratáveis.
Freud concluiu que pacientes esquizofrênicos tendem a entender os acontecimentos de outro modo, oposta ao que as pessoas compartilham, forjando outras situações, quase sempre irreais, embora essas singularidades fizessem sentido para esses indivíduos, impossibilitando-os de considerar que estejam equivocados sobre suas conclusões por estarem convictos sobre suas descrições serem autênticas e não fruto de idealizações fictícias. Conforme ele disse, “[...] o mundo exterior não é percebido de modo algum ou a percepção dele não possui qualquer efeito" (FREUD, 1996, p. 168) para esses indivíduos. Por isso, ele chegou a considerar que, com base no desenvolvimento da Psicanálise até então, que os pacientes com Esquizofrenia eram intratáveis.
O tratamento de pacientes
esquizofrênicos inclui terapia e medicação. Na terapia das histórias dos casos
clínicos sobre os relatos dos fatos expostos por pacientes esquizofrênicos,
como sensações de estar fora, em outro mundo, são comuns em todos os casos. De
modo geral, tais pessoas apontam que veem, sentem e ouvem aquilo que outras
pessoas não enxergam, e que algumas criaturas querem de um modo ou outro, se
associar aos mesmos para realizarem seus desejos, quase sempre alimentares,
sexuais ou químicos (drogas) ou os perseguem ou que indicam ações para
realizarem, às vezes até em sentido radical, como ordenação para se matarem.
Porém, essas descrições pelos enfermos aos profissionais, que ouvem seus relatos, na maioria dos casos não acreditam no que eles dizem. Por causa disso, geralmente os índices de estudos feitos indicam que o abandono das terapias são comuns, pois os terapeutas ao desconsiderarem completamente as explicações dos adoentados, apenas recomendam remédios que geram efeitos colaterais negativos que os clientes se recusam a tomar, para não comprometer ainda mais os seus estados psicológicos.
Porém, essas descrições pelos enfermos aos profissionais, que ouvem seus relatos, na maioria dos casos não acreditam no que eles dizem. Por causa disso, geralmente os índices de estudos feitos indicam que o abandono das terapias são comuns, pois os terapeutas ao desconsiderarem completamente as explicações dos adoentados, apenas recomendam remédios que geram efeitos colaterais negativos que os clientes se recusam a tomar, para não comprometer ainda mais os seus estados psicológicos.
Diversos estudos foram feitos
sobre os efeitos de remédios antipsicóticos em pessoas portadoras de
Esquizofrenia. Atualmente, se enfatiza um tratamento individual e
multidisciplinar nos pacientes, ou seja, com profissionais de diversas áreas do
conhecimento para normalizar e amenizar o estado mental dos pacientes. Apesar disso, há ainda a insistência no uso de
medicações de alta potência, que se por um lado geram melhoras em algumas
situações, em outros, não, devido os efeitos colaterais intensos.
Drogas medicamentosas usadas como risperidona,
primidona, aripiprazol, mais ou menos usadas, embora comuns nas orientações de pacientes,
promovem melhoras ou não, sendo consequências constantes quando seus usos são
contínuos, ganho de peso, ansiedade, insônia, tremores, arritmia cardíaca etc.
Na segunda parte dessa matéria estaremos fazendo uma relação desses argumentos científicos,
analisando-os criticamente pautado nos ensinamentos espiritualistas,
exposições essas que nos fez concluir que os portadores de Esquizofrenia, após
a verificação de alguns estudos sobre a Mediunidade e o Desequilíbrio Psíquico, são
médiuns, embora a maioria dos habitantes do planeta-escola Terra não tenha
entendimento sobre isso atualmente.
Esquizofrenia e Espiritualidade - Primeira parte: Esquizofrenia na interpretação da ciência
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Por Saulo José Pontes
Machado