Pensamento correto e convicto – Por António de Pina Tavares

As formas corretas de se pensar são importantes na vida. Na realidade, precisamos melhorar a maneira como pensamos e estruturamos as nossas ideias lógicas. Uma boa parte de nós pensa com ideias pouco sistematizadas e ordenadas. Pensamos por tudo e por nada e preocupamo-nos em demasia.

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Limpeza Psíquica

Muitas vezes, preocupamo-nos em resolver um determinado assunto, fazendo contas e mais contas, orquestrando planos e mais planos, procurando soluções e mais soluções. E num abrir e fechar de olhos aparece uma solução melhor do que as que tínhamos pensado antes.

Devemo-nos preocupar, sim, mas não em excesso. Equacionar o assunto que carece de solução com todos os parâmetros e variáveis, mas não pressionar e bombardear a nossa mente com muitas preocupações, porque ela irá encontrar, no tempo oportuno e útil, a solução que seja a melhor e mais aceitável.

Não devemos baralhar a nossa mente com preocupações contraditórias, infundadas ou vazias. Muitas vezes, temos dor de cabeça só de pensar e nada se resolve por isso. A nossa mente procura e tem sempre a melhor solução para cada assunto e não deve ser preenchida com preocupações contraditórias e insustentáveis simultaneamente e de uma forma desordenada e confusa. Não devemos pensar numa determinada coisa e depois enviar ordens inversas ou duvidosas à nossa mente em relação ao pensamento emitido.

Pensamos em fazer uma viagem. Mas, ao mesmo tempo, pensamos que a viagem pode não ser feita porque não temos dinheiro ou porque o valor da passagem é elevado ou porque não sabemos se na altura da viagem teremos tempo. Enfim, na nossa mente paira um conjunto de dúvidas e pensamentos contraditórios que acaba por bloquear a viagem. Ou seja, queremos e não queremos a viagem e, ao fim ao cabo, pensando desta forma, no fundo não queremos a viagem. Assim, devemos unicamente pensar na viagem e projetar a nossa mente para procurar a melhorar solução, pois ela a encontrará de certeza absoluta.

Pensamento correto e convicto

Por António de Pina Tavares
Escritor Cabo-verdiano - Ilha de Santiago