A família é uma instituição de
extrema importância para a aplicação e incumprimento e, por isso, também, para
a reposição dos nossos deveres e direitos corretos.
Na realidade, acontecem,
frequentemente, falhas, irresponsabilidades diversas, erros, inações e omissões
de deveres e direitos que são incumprimento das nossas responsabilidades,
também, como membros da família que se consubstanciam nas inimizades, nos problemas
com o uso indevido dos vários recursos, na partilha desigual e desonesta de
bens materiais, nos laços familiares desfeitos com ou sem marcas físicas ou
psicológicas, com discussões verbais acérrimas e agressivas, nos assassinatos,
em suicídios, em intrigas, em crimes, em roubos, por vezes fora da família, mas
com repercussões nesta, em apropriações indevidas de meios alheios à família,
sem ou com cumplicidade entre os membros, com não assunção de obrigações e
deveres entre os membros da família.
Enfim, são praticados, na
família, vários atos e procedimentos, ainda, no nosso mundo, que resultam da
aplicação do nosso livre-arbítrio na interpretação e execução das nossas
responsabilidades, constituindo, desta feita, falhas no incumprimento que
requerem mecanismos para que sejam restituídas.
Então, também a família é
escolhida e formada como forma de reparação das falhas, cujos membros se
conhecem de vidas anteriores e, na presente, assumem mecanismos para corrigir
os erros cometidos e progredir juntos, solidarizando-se.
Os mecanismos são simples,
complexos e multifacetados, mas, sempre, são meios, formas e processos
escolhidos para vencer os erros, as omissões e outras falhas que os seus
membros praticaram anteriormente, porque não se pautaram em conformidade com as
suas obrigações que, na prática, fazem parte do processo normal e natural de
aprendizagem.
Na generalidade, os cônjuges se
conhecem e encontram-se no lar para repararem os erros cometidos nas vidas
anteriores, que se traduziram em vários desafetos, percalços, desavenças, lares
desfeitos, conflitos de diversas ordens que, muitas vezes, tiveram soluções com
marcas físicas e psicológicas.
Então, há necessidade dos intervenientes tomar medidas corretivas para a eliminação e/ou diminuição das falhas cometidas.
Então, há necessidade dos intervenientes tomar medidas corretivas para a eliminação e/ou diminuição das falhas cometidas.
Assim, tudo o que acontece entre
os companheiros, são mecanismos para melhor harmonia e coesão entre eles,
apesar de tomarem, por vezes, efeitos contrários, porque, no seio da família,
acontecem problemas que podemos questionar se são úteis e proveitosos e se
podem trazer mais desentendimentos.
Mas, não! Pois, todos constituem formas que, entendidas e aplicadas corretamente, vão superar e melhorar os nossos comportamentos.
Mas, não! Pois, todos constituem formas que, entendidas e aplicadas corretamente, vão superar e melhorar os nossos comportamentos.
Se houve desentendimentos,
desordem, confusão e outros problemas que até podem ter conduzido a desfechos
desagradáveis e marcantes, também, devem existir sempre alternativas para que
as correções sejam efetuadas agora ou mais tarde.
Seria mesmo incompreensível se
não houvesse possibilidades de se redimir dos erros cometidos, o que, se assim
fosse, contrariaria sempre o sentido da vida.
Família como meio de correção das falhas
Por António Pina Tavares