A dicotomia ou o binômio força (espírito) e matéria está sempre presente nas religiões, na espiritualidade e em muitas concessões filosóficas, bem como na essência de cada ser. Como tal, a sua interpretação varia em função do momento histórico em que nos encontramos e da evolução moral de cada indivíduo que faz a interpretação.
A matéria é necessária ao espírito com este é o também para a matéria. Esta para poder ser útil e transformar-se, ou seja, para que a matéria tenha a “vida”, haverá sempre a necessidade do espírito. E este para ter o mesmo fim, precisa daquela. Por isso, a matéria não se deteriora, mas, sim, se desenvolve para servir melhor ao progresso do espírito. Então, os dois sempre vão melhorando.
É nesta perspetiva que devemos ver o nosso corpo físico e o nosso planeta: sempre em mudança para um estado superior e melhor. E tudo está em harmonia, não há dissintonia; tudo funciona em perfeição. Os desafios (dificuldades) são para ser vencidos. Ao mesmo tempo devemos ter em conta que, no processo evolutivo, vamos deixando formas anteriores como etapas vencidas que foram superadas por outras atuais que condizem com a nossa evolução.
Isso não significa que aquelas formas ou etapas não serviram ou que não eram necessárias. Por exemplo, hoje vejo as pessoas a condenar o uso do plástico. Está bem, mas não podemos dizer que o seu uso foi incorreto. É o que tínhamos e com esse uso viemos a ter melhor forma que será melhorada sempre.
Isso não significa que aquelas formas ou etapas não serviram ou que não eram necessárias. Por exemplo, hoje vejo as pessoas a condenar o uso do plástico. Está bem, mas não podemos dizer que o seu uso foi incorreto. É o que tínhamos e com esse uso viemos a ter melhor forma que será melhorada sempre.
O nosso corpo físico não é o que havia há 2.000 ou 5.000, como não será igual ao que teremos daqui há 7.000 anos. Se antes do sistema operativo Windows 10 usamos o MS-DOS. Isso não significa que este foi prejudicial, ou que não devia existir, mas, não, tudo devemos ver num sistema lógico de sucessão onde um serve de para surgimento do outro que vai ser cada vez mais evolutivo. O corpo físico será sempre mais etérico. Ele evoluirá para formas de matéria que ainda não conhecemos porque o corpo fluídico vai-se transformando em função da substituição da matéria conforme os nossos conhecimentos morais.
Até onde vamos? Não há limites. Esta visão pode ser corroborada com a teoria de que a nossa vida verdadeira, neste planeta, ainda não iniciou. Isso significa que conhecemos nada ou muito pouco sobre a vida.
Sem o binômio força (espírito) e matéria não há evolução
Por António de Pina Tavares