Falar em sofrimento nos
remete à lembrança de Jesus e sua passagem pelo planeta Terra.
Ele e tantos outros dotados
de grande fortaleza e elevação espiritual souberam superar com altivez os
obstáculos e as adversidades que se apresentavam como entraves à
espiritualização da humanidade.
Os sofrimentos não devem ser
encarados como castigos pois são resultantes na maioria das vezes do uso
incorreto do livre arbítrio na atual existência ou pelos erros recorrentes
exaustivamente praticados em vidas passadas, restando apenas então como
procedimento de caráter corretivo, os dissabores que vão de encontro às
pessoas, resultantes das más e equivocadas ações.
Pode-se avaliar então, que o sofrimento em sua maioria tem origem em dois aspectos: o desconhecimento a respeito da vida transcendente e como consequência na excessiva materialidade em que vivem mergulhados os seres humanos.
A falta de princípios cristãos moduladores de uma conduta íntegra e retilínea deixa os seres humanos expostos e vulneráveis a toda sorte de vibrações inferiores.
Essas vibrações
apresentam-se em forma de sentimentos mesquinhos, sensações e pensamentos
degradantes que por não encontrarem resistência e oposição por parte dos
indivíduos, transformam-se em más ações que incidirão inapelavelmente na lei de
causa e efeito.
Ninguém sofre porque quer
sofrer e sim por descaso a respeito das coisas sérias que envolvem o viver
terreno.
Ao contrário do que muitos
pensam, felicidade não é ausência de sofrimentos pois em um planeta escola como
é a Terra as adversidades são mecanismos condutores de ensinamentos,
experiências e advertências a serem assimiladas com o auxílio e uso do
raciocínio e da reflexão.
Analisando um outro aspecto
das inquietações que povoam a mente das pessoas, dizem respeito aos problemas
não resolvidos no momento em que surgem. Esses problemas vão se multiplicando e
potencializando como mecanismos dos diversos transtornos que acabam por afetar
o psicológico causando consequente desequilíbrio ao espírito.
Um problema mal resolvido
arrasta-se ao longo do tempo resultando por consequência outros tantos, que
poderiam ser perfeitamente evitados se houvesse disposição e aclaramento das
ideias no propósito de encontrar soluções para resolvê-los.
Quando praticamos más ações,
não só ficamos sujeitos à lei universal de causa e feito e dos consequentes sofrimentos,
mas também em decorrência desse nosso modo incorreto de proceder, indiretamente
atingimos nossos irmãos em essência.
Portanto é de máxima
importância o raciocínio ser exaustivamente exercitado para que tomadas de
decisões sejam assertivas e o livre arbítrio bem aplicado.
Ainda que ninguém
conscientemente opte pelo sofrimento, ele traz polidez e lapidação no que diz
respeito ao aprimoramento e desenvolvimento dos seres humanos enquanto
espíritos de posse de um corpo físico em sua trajetória terrena, tornando-os
espiritualmente fortes e capazes de alcançar a felicidade relativa à que fazem
jus neste mundo.
Sofrimentos não são castigos
divinos - Por Rute Helena Macário