O que eleva o espírito ajudando o ser encarnado é a consciência do dever cumprido e a prática do bem, para si próprio e para aqueles, seus iguais, a quem muitas vezes querem mal. By Isabel Candeias.

Sofrimentos não são castigos divinos - Por Rute Helena Macário

Falar em sofrimento nos remete à lembrança de Jesus e sua passagem pelo planeta Terra.

Ele e tantos outros dotados de grande fortaleza e elevação espiritual souberam superar com altivez os obstáculos e as adversidades que se apresentavam como entraves à espiritualização da humanidade.

Os sofrimentos não devem ser encarados como castigos pois são resultantes na maioria das vezes do uso incorreto do livre arbítrio na atual existência ou pelos erros recorrentes exaustivamente praticados em vidas passadas, restando apenas então como procedimento de caráter corretivo, os dissabores que vão de encontro às pessoas, resultantes das más e equivocadas ações.


Pode-se avaliar então, que o sofrimento em sua maioria tem origem em dois aspectos: o desconhecimento a respeito da vida transcendente e como consequência na excessiva materialidade em que vivem mergulhados os seres humanos.

A falta de princípios cristãos moduladores de uma conduta íntegra e retilínea deixa os seres humanos expostos e vulneráveis a toda sorte de vibrações inferiores.

Essas vibrações apresentam-se em forma de sentimentos mesquinhos, sensações e pensamentos degradantes que por não encontrarem resistência e oposição por parte dos indivíduos, transformam-se em más ações que incidirão inapelavelmente na lei de causa e efeito.

Ninguém sofre porque quer sofrer e sim por descaso a respeito das coisas sérias que envolvem o viver terreno.

Ao contrário do que muitos pensam, felicidade não é ausência de sofrimentos pois em um planeta escola como é a Terra as adversidades são mecanismos condutores de ensinamentos, experiências e advertências a serem assimiladas com o auxílio e uso do raciocínio e da reflexão.

Analisando um outro aspecto das inquietações que povoam a mente das pessoas, dizem respeito aos problemas não resolvidos no momento em que surgem. Esses problemas vão se multiplicando e potencializando como mecanismos dos diversos transtornos que acabam por afetar o psicológico causando consequente desequilíbrio ao espírito.

Um problema mal resolvido arrasta-se ao longo do tempo resultando por consequência outros tantos, que poderiam ser perfeitamente evitados se houvesse disposição e aclaramento das ideias no propósito de encontrar soluções para resolvê-los.

Quando praticamos más ações, não só ficamos sujeitos à lei universal de causa e feito e dos consequentes sofrimentos, mas também em decorrência desse nosso modo incorreto de proceder, indiretamente atingimos nossos irmãos em essência.

Portanto é de máxima importância o raciocínio ser exaustivamente exercitado para que tomadas de decisões sejam assertivas e o livre arbítrio bem aplicado.

Ainda que ninguém conscientemente opte pelo sofrimento, ele traz polidez e lapidação no que diz respeito ao aprimoramento e desenvolvimento dos seres humanos enquanto espíritos de posse de um corpo físico em sua trajetória terrena, tornando-os espiritualmente fortes e capazes de alcançar a felicidade relativa à que fazem jus neste mundo.

Sofrimentos não são castigos divinos - Por Rute Helena Macário