"O espírito isola-se do seu passado ao reencarnar";
assim nos ensina a obra básica da Filosofia Espiritualista Racionalista Cristã.
O espírito guarda em seu subconsciente registros de experiências vividas em outras encarnações, porém esses registros não são relembrados com exatidão pois seriam prejudiciais ao curso da encarnação presente.
O providencial esquecimento desses fatos é benéfico ao espírito, pois se assim não fosse, seriam reavivadas as chamas das velhas desavenças, a vergonha das más ações praticadas e ainda os atos reprováveis que trariam atraso e prejuízo evolutivo aos por ventura envolvidos nesses acontecimentos.
Refletindo sobre a cada uma das encarnações neste planeta escola Terra, a memória é a somatória dos fatos mais relevantes que marcaram cada uma delas e tem o papel de dar subsídios ao pensamento.
Assim se tais episódios trouxeram dissabor e infelicidade, assim também serão recordados por pensamentos de igual teor.
Se esses pensamentos forem recorrentes, tornam-se uma segunda natureza porque o indivíduo erroneamente não oferece resistência a esse tipo de evento e os aceita, seguindo pela vida à fora dando guarida a essas recordações que tanto lhe fizeram sofrer, estacionando seu processo evolutivo.
Daí a importância de vigiar a essência dos pensamentos para que sejam de natureza entusiasta, de progresso, de ânimo e de bem-aventurança pois assim sendo serão portadores dos fluidos captados nos elevados mundos astrais, afastando qualquer recordação nefasta de outrora, fortalecendo e estimulando as ações e sentimentos de positividade.
A memória deve servir como mecanismo de aprendizado quando assume o papel de resgatar certas experiências vividas e transformá-las em fonte de correções a serem feitas para melhor evolução espiritual.
A memória de encarnações passadas ficam encobertas pelo véu da matéria. Somente quando o espírito se desprende de seu corpo físico e chega ao seu mundo de luz é que recupera sua visão espiritual, vindo à tona toda sua vida transcendente e vê com amplitude todos os acontecimentos das vivências como um todo.
No caminhar da vida terrena não devemos perder de vista que uma vez de posse de um corpo físico, o espírito deve preocupar-se única e exclusivamente de ocupar-se em trabalhar por sua evolução, porque a existência em curso é sempre a mais importante, pois dela dependem todas as outras que por ventura houvermos.