O que eleva o espírito ajudando o ser encarnado é a consciência do dever cumprido e a prática do bem, para si próprio e para aqueles, seus iguais, a quem muitas vezes querem mal. By Isabel Candeias.

Amar o nosso próximo como a nós mesmos - Por Carolina Maria de Jesus

Como já foi dito anteriormente, na nossa vida tudo parece ser difícil; temos só duas certezas na vida: a primeira é a chegada e a segunda é a partida. No meio desse trajeto, o ser humano trabalha com o seu livre-arbítrio o seu planejamento espiritual e fica à mercê de suas escolhas. E, no meio desse caminho, também existem as provas e expiações.

Meus amigos, a vida não é tão ruim assim, basta colocar-se no lugar certo, com os pensamentos certos, com as ações certas, com os objetivos certos e delineados para que a vida seja mais leve. Apesar de que no planeta exista tanta maldade, também temos que nos voltar com os nossos pensamentos para as coisas boas, projetar os nossos pensamentos para um futuro promissor com as nossas ações para o bem, assim como neste grupo, onde se trabalha para o bem.

Nunca devemos nos deixar desanimar, e sempre que esse tipo de sentimento vier, procurar fazer uma avaliação de nossa vida, perceber o que não está correto, pois entre o bem e o mal, existe sempre uma escolha.

O ser tem plenas condições de optar, tem livre-arbítrio de fazer as suas escolhas.

Existem alguns que traçam um caminho muito difícil, árduo, mas é necessário passar por agruras e sofrimentos, pois no final haverá sempre a sensação do dever cumprido, e aqueles que vêm com outras missões, como a de elevar o seu próximo, ensinando a cultivar pensamentos bons, atitudes boas, esses estão sempre vivenciando um grau relativo de paz e tranquilidade.

Caros amigos, aqui no plano superior também temos nossas dificuldades, mas sabemos identificá-las, identificar o melhor caminho, pois todos vibram em frequência semelhante.

A mensagem que gostaria de deixar é que saibam identificar a frequência na qual estão, experimentando. É muito fácil! O bem vibra em uma frequência boa, alta, de paz e tranquilidade; já a energia mais baixa dos nossos irmãos em sofrimento é uma frequência mais pesada, é uma frequência que traz desconforto, conturbações. Saibam identificar, andem sempre no caminho do meio, procurando e optando sempre pela paz, à procura de objetivos bons.

Neste plano físico, quando os irmãos que não estão em bom caminho chegarem em suas vidas, reajam, saibam que essa energia não é boa, elevem os pensamentos, voltem ao rumo e ao passo certo. Evoquem-nos!

Desejo a todos vocês um caminho de paz e tranquilidade, e que seus pensamentos sempre estejam ligados ao plano superior.

Respeitem sempre esta máxima acima de tudo: "amar o nosso próximo como a nós mesmos". Encerra Carolina de Jesus, por Sônia Faria!

Amar o nosso próximo como a nós mesmos - Por Carolina Maria de Jesus

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Quem foi Carolina Maria de Jesus, que completaria 105 anos em março 2025!

Ela foi uma das primeiras escritoras negras do Brasil e é considerada uma das mais relevantes para a literatura nacional

Negra, catadora de papel e favelada, Carolina Maria de Jesus foi uma autora improvável. Nasceu em 14 de março de 1914 em Sacramento, Minas Gerais, em uma comunidade rural, filha de pais analfabetos. Foi maltratada durante a infância, mas aos sete anos frequentou a escola — em pouco tempo, aprendeu a ler e escrever e desenvolveu o gosto pela leitura.

Em 1937, após a morte da mãe, ela mudou para São Paulo. Aos 33 anos, desempregada e grávida, mudou-se para a favela do Canindé, na zona norte da capital paulista. Trabalhava como catadora de papel e, nas horas vagas, registrava o cotidiano da favela em cadernos que encontrava no material que recolhia.

Um destes diários deu origem a seu primeiro livro, Quarto de Despejo - Diário de uma Favelada, publicado em 1960. A obra virou best-seller, foi vendida em 40 países e traduzida para 16 idiomas.

Após a publicação e o sucesso do primeiro livro, a autora se mudou para Santana, bairro de classe média da capital. Três anos depois, publicou o romance Pedaços de Fome e o livro Provérbios. Em 1969, saiu de Santana para Parelheiros, no extremo da zona sul da cidade, uma região de grandes contrastes entre ricos e pobres, mas com ares de interior que lembravam a cidade onde cresceu.

A escritora nunca quis casar e teve três filhos, cada um de um relacionamento diferente. Morreu em fevereiro de 1977, aos 62 anos, de insuficiência respiratória. Outras seis obras póstumas foram publicadas após sua morte, compiladas a partir dos cadernos e materiais deixados pela autora. Em 2017, sua história foi registrada por Tom Farias em Carolina Fonte: Editora Malê.