Tudo
o que fazemos e temos na vida, no fundo, se resume na forma com relacionamos na
procura de melhores repostas aos desafios que vão surgindo. Poi isso, cada vez
mais, torna-se urgente a compreensão que tudo depende da maneira como o
indivíduo deve comportar-se em todos os aspetos, seja na vida pessoal,
familiar, social ou profissional, no dia-a-dia.
Neste
momento, a maioria dos habitantes do nosso planeta tem comportamentos que se
consubstanciam na prática de ações para resolver e atingir os seus interesses
particulares, que são visíveis nos resultados das relações estabelecidas entre
os seres humanos, com outros seres e no uso dos recursos.
Esses comportamentos provocam, frequente e globalmente, disputas, rixas,
desentendimentos e desavenças pessoais, familiares e sociais; mal trato e falta
de cuidado com os animais, plantas, minérios e ambiente em geral; uso indevido
do poder; guerras; conflitos étnicos, raciais, religiosos e outros;
aproveitamento de funções para fins pessoais e de grupos; crimes; devastações;
conflitos profissionais e laborais; uso irracional de recursos, etc. e,
acontecem porque são praticados na base de conhecimentos morais que temos. E
esses conhecimentos são o egoísmo, a intolerância, a inveja, a vaidade, a
cobiça, a exclusão, entre outros sentimentos negativos que permitem vermos, em
primeiro lugar, maioritariamente, os nossos interesses pessoais, como fator de
atuação, sem termos em conta os interesses do outro.Somente os conhecimentos de sentimentos positivos, nomeadamente o altruísmo, a tolerância, a humildade, a inclusão, a verdade, a solidariedade, entre outros, permitem-nos agir para visar os interesses coletivos, nos quais os nossos particulares já estão incluídos e resolvidos. Mas, por ora, não temos esses conhecimentos.
Assim, o comportamento, como forma e produto de pensar e agir, deve ser objeto de formação (aprendizagem) da mesma maneira como acontece em relação a qualquer disciplina técnico-profissional. Se queremos melhorar e ou modificar o nosso comportamento, devemos adquirir conhecimentos adequados.
Com esta visão, o homem está preparado para assumir e desenvolver as suas responsabilidades em qualquer lugar e função que ocupa quer na vida privada, pública e ou social. Daí, advém a importância do comportamento ser ensinado e apreendido em todas os escalões da sociedade como matéria que possa servir de instrumento para que o homem construa a sua vida, cada vez melhor, no seu planeta na base de progresso e solidariedade.
Efetivamente, tentamos dar primazia aos conhecimentos técnicos e científicos, relegando, para um plano secundário, os conhecimentos de índole ética e moral. No entanto, nos últimos anos, há uma tendência crescente na compreensão de que os valores éticos catalisam o surgimento de mais conhecimentos em todos os domínios, porque permitem que tudo seja feito e usado em harmonia com o comportamento que deve ser aprendido e, que a ética é uma disciplina transversal que deve ser administrada em todos os níveis da sociedade.
Contudo, o ensino e a aprendizagem do comportamento devem ser efetivados na base do que é o comportamento ético. Pois, este permite ao indivíduo passar a saber e usar tudo o que esteja relacionado com ele de melhor forma, porque já reconhece o outro como se fosse ele mesmo.
Mas, para que isso aconteça, ele terá de ter conhecimentos e fazer tudo na base do princípio ético universal. Este, no fundo, define as coordenadas da conduta do homem e, por conseguinte, acaba por dizer como que os nossos comportamentos devem ser construídos e aplicados corretamente.