DESMISTIFICANDO A ADORAÇÃO
“Ninguém veio a este mundo para ser preguiçoso, nem para viver navegando num mar de rosas. Todos vêm para lutar, e é o próprio espírito que escolhe a luta.” Maria Thomazia
A história universal da humanidade está recheada de episódios em que o desejo de impor-se perante aos outros suplantou a necessidade de progresso, seja material, seja espiritual. O progresso material se resolvia com a "incorporação" dos haveres dos povos dominados ao patrimônio dos dominadores. Espiritualmente, o ser humano sempre desejou impor seus valores e crenças aos demais e, para tanto, lançou-se à luta armada, visando a dominação de outros povos, usurpando o poder existente e impondo os seus hábitos e costumes, ao invés de dedicarem-se à pesquisa e à melhoria do seu próprio grupo social.
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Tornou-se hábito pedir e negociar "favores" com "divindades" para si próprio, proliferando até o ponto em que os mais “maliciosos” tornaram-se charlatães, descobriram ser um grande negócio fundar religiões, incentivar a mistificação e cultuar a adoração. O folclore popular adota "supostas divindades", símbolos pessoais, e reveste-se de magia, valendo-se do imaginário de cada povo, variando de acordo com seus sofrimentos e características pessoais. As imagens de madeira ou pedra trabalhada e até de ouro foram introduzidas entre os séculos III e VI, que perduram para adoração até os dias atuais.
Como o Universo constitui-se somente de FORÇA E MATÉRIA, e o Universo é infinito, e tudo fazendo parte desse infinito, cabe ao homem entender-se também como parte integrante desse imenso laboratório, mas, como "partícula inteligente" e ser pensante, precisa sair dessa letargia mental, do comodismo dos peditórios, contos de fadas, duendes, arcanjos e querubins, lançando-se à luta consigo mesmo, no sentido de tomar as rédeas de sua existência. Somente assim poderá a humanidade sair do primitivismo da mistificação, adoração, e idolatria, das crenças ilusórias e falsas concepções, e conhecer-se como Força e Matéria.
As palavras proferidas durante a limpeza psíquica não são rezas ou orações, mas diferentes, como se pode verificar no quadro a seguir:
Ao irradiar
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Ao orar
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1 - Nos elevamos às Forças Superiores para receber intuições com ensinamentos de bem-querer, atraímos espíritos de mundos de luz puríssima, que facilitam a desobsessão.
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1 - Queremos que o Criador venha até nós, para negociar nossa felicidade, favores ou milagres, atraímos espíritos obsessores quedados na atmosfera terrestre.
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2 - Buscamos luz para realizarmos algo.
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2 - Queremos receber algo pronto.
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3 - Nos responsabilizamos por nossas conquistas.
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3 - Ficamos dependentes em sermos atendidos.
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4 - Estamos conscientes dos nossos deveres.
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4 - Imploramos por misericórdia e a proteção celestial.
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5 - Sabemos que vamos responder por nossos atos.
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5 - Esperamos ser perdoados.
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6 - Sentimos o contato direto com as Forças Superiores, acionando nosso pensamento como poder criador, sem aparatos materiais.
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6 - Muitas vezes dependemos de um intermediário material, tal como terço, bíblia, imagem e etc., ou ainda a interferência de outra pessoa, por exemplo; sacerdote ou pastor. Abafados pela mística religiosa e avassaladora.
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7 - Os trabalhos das Forças Superiores, que astralmente supervisionam e dirigem a Limpeza Psíquica, constituem uma das mais notáveis realizações, no campo do espiritualismo, pelos seus resultados benéficos em favor da humanidade.
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7- Os trabalhos dentro de cultos religiosos são dirigidos por homens, portanto factíveis de erros, e à mercê de espíritos quedados na atmosfera terrestre.
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8 - A irradiação nos incita ao estudo e à pesquisa dos porquês da vida, ampliando a nossa mente.
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8 - A oração nos incita ao comodismo e condiciona a nossa mente aos ditames de livros dogmatizados, carregados de misticismos e superstições. As ideias não podem ser questionadas, sob pena de receber castigos de supostos deuses, ou de ser excluído do seu meio social, com grande humilhação.
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Desmistificando a adoração
Por Marilei Molina