Para que a engrenagem do desenvolvimento e progresso espiritual continue em pleno funcionamento, é fundamental o intercâmbio de práticas, experiências, competências e capacidades que existem em cada um dos seres humanos, bagagens acumuladas de múltiplas existências.
O ateu e o fanático encontram-se cada um em pontos extremos do processo evolutivo, porém tanto um como o outro contribuem cada um em sua individualidade, reconhecidos os diferentes níveis de evolução espiritual, com oportunidades de aprendizado resultantes dessa interação neste mundo escola.Todos têm algo a aprender uns com os outros.
Tanto o ateu como o fanático encontrarão oportunidades de conhecerem a Verdade, cada um a seu tempo, respeitados os níveis evolutivos, pois pela Lei de Atração aquele que desejar pela livre vontade espiritualizar-se, será colocado frente à frente com a Verdade depois de desenvolvidos e aprimorados a razão e o raciocínio no transcorrer de múltiplas existências, pois todos sem exceção estão envolvidos pelas vibrações da Inteligência Universal.
O fanatismo ocupa posição extrema no contexto comportamental da humanidade, levando as pessoas por vezes a condutas inadequadas e impregnadas de intolerância.
Em vários setores da vida humana como na política, no esporte e nas religiões, pode-se observar o radicalismo, a intransigência e a imposição de ideias, pontos de vista e convicções que são traços marcantes do fanatismo.
O racionalista cristão é visto aos olhos dos menos esclarecidos como um ser "ateu" porque não acredita num deus materialista que distribui benesses e castigos. Para outros tantos o racionalista cristão assim como seus militantes são vistos muitas vezes como fanáticos, pela frequência assídua às reuniões e pela disciplina colocada em prática como rotina de vida.
O ateu Kojak Schveitzer, autor do blogue Kojesus visitou uma Casa Racionalista Cristã na cidade de Florianópolis-SC, e postou este depoimento:
“Amigos, saí de lá mais feliz. Não pela espiritualidade, mas pelo aumento, mesmo que ínfimo, na esperança na humanidade. Pessoas agradáveis, num ambiente agradável falando sobre fazer o bem ao próximo, sem esperar nada em troca, apenas o benefício “por tabela” de viver numa sociedade melhor. Uma igreja ‘cristã’ que tem discursos tolerantes, inclusivos e coletivos, quem diria.”
No final da postagem, Kojak ainda fez um convite a todos para que conhecessem uma Casa Racionalista.
“Você cristão evangélico, católico, sei lá o que, que está lendo isso, vá a uma dessas igrejas e veja como a parte boa do que Jesus falou (tem a parte ruim, não esqueça disso) pode ser praticada se for deixado de lado o resto das asneiras pregadas na mitologia cristã.”
Mesmo para um "ateu" ou um "fanático" A Filosofia Racionalista Cristã se faz entender e dá o seu recado. Uma obra humanitária que aponta o Norte a ser seguido para a conquista de maior espiritualidade e consequente melhora dos níveis evolutivos dos seres humanos.
O radicalismo alimentado pela precariedade moral e pela materialidade reinante na Terra cumpre seu papel na disseminação das desinteligências e conflitos, sejam de ordem pessoal ou coletiva.
Amizades são estremecidas e laços afetivos são desfeitos pelo extremismo de ideias e convicções conflitantes, tudo por falta de uma consciência espiritual firmada em princípios cristãos.
Conviver ao lado de um ateu ou um fanático, constituem oportunidades valiosas de aperfeiçoamento e fortalecimento espiritual, onde a compreensão, a tolerância, a paciência, o comedimento, o bom senso, a justiça, enfim os poderes latentes e do espírito serão exercitados porque os exemplos falam por si.
É preciso não julgar o livro pela capa, como diz o ditado popular. Não se pode sentenciar o ateu nem tampouco o fanático pela nossa concepção individualista pois tanto um como outro podem trazer em suas bagagens evolutivas, sentimentos fraternais de amor ao próximo, justiça e caráter de valor.
O ateu e o fanático – Por Rute
Helena Macário
Fonte e sites consultados: Racionalismo Cristão, Vida Eterno Crescimento e Marden Carvalho