Os vícios de um modo geral são um desregramento, um descontrole, uma
prática prejudicial seja de ordem moral ou física.
Quando são de ordem moral figuram como degenerações psíquicas tais
como: a maledicência, o orgulho, o egoísmo, a ganância, a preguiça, a inveja, a
vaidade etc. Quando físicos arruínam a saúde do corpo matéria pelo uso
excessivo de substâncias químicas como o tabagismo, o alcoolismo e dos diversos
entorpecentes que circulam em todos os meios sociais de convivência humana.
Tanto o vício moral como o vício físico além de representarem grandes
corruptores do caráter, também levam ao desequilíbrio de ordem geral
favorecendo o surgimento de patologias e enfermidades tanto físicas quanto
psíquicas.
Sabe-se que é pela via do pensamento que sentimentos e vibrações se aproximam das pessoas pela lei de atração, alojando-se no íntimo do ser quando este não oferece resistência por não possuir a devida noção dos ensinamentos espiritualistas que possam nortear-lhe a vida.
Os que possuem vícios morais e físicos encontram-se nessa condição por lhes faltar meios e conhecimentos da vida espiritual que lhe fortaleçam no enfrentamento dessas influências.
“As influências governam o mundo, e imperam no Universo. Elas agem como leis eternas, naturais e imutáveis, por serem forças em constante movimento, que devem, por isso ser estudadas, analisadas e aplicadas com conhecimento de causa, para produzirem os benefícios que delas se possam esperar.” Luiz de Souza
A criança não nasce com vícios.
É certo que o espírito traz armazenado em seu corpo fluídico a bagagem
que amealhou durante suas inúmeras existências por este planeta escola Terra e
ainda na infância demonstram falhas morais e tendências inadequadas que
possuíam na última existência se não soube conduzir acertadamente seu livre
arbítrio. É certo também que traz atributos que foram fortalecidos, se bem
soube se conduzir por este plano físico.
Ocorre que o ambiente onde se forma o caráter e a índole dos pequenos é o lar.
É no comportamento e nas atitudes dos pais e responsáveis com quem convivem que essas crianças observam e aprendem por espírito de imitação, tudo de bom ou de ruim que ali é demonstrado.
No planejamento feito pelo espírito ainda em seu campo de estágio,
contempla a escolha dos pais, pois estes terão papel significativo em sua base
educacional, para que se dê combate às tais imperfeições, más tendências e dos
vícios que por ventura trouxe em seu acervo espiritual.
O espírito conta com esse auxílio, com essa alavanca propulsora de
caráter evolutivo no que diz respeito à orientação ministrada em seus primeiros
anos. Daí a importância do papel dos pais desde a tenra idade do espírito de
posse de um corpo físico em sua jornada por este planeta escola.
Observa-se no indivíduo que sente aversão às demonstrações de hábitos
de vida desregrada, de condutas indecorosas, vícios de um modo geral e atos que
ilustrem deformidades morais, uma consciência espiritual e notada erudição dos
princípios cristãos fazendo com que seja seletivo quanto ao seu círculo de
amizades sem ser discriminativo. Esses indivíduos compreendem as
particularidades evolutivas de cada um pois já passaram pelas duras provas das
ilusões materiais que são como armadilhas para corromper o caráter e a
dignidade dos mais desavisados.
Os seres humanos são perfeitamente recuperáveis e podem receber
ensinamentos que reformem seu caráter pois toda a parcela do Princípio
Inteligente possui a consciência do bem e puro em sua essência, pode retomar o
caminho construtivo das virtudes e do progresso espiritual.
Essas provações, vícios e más tendências subjugam e dominam esses
espíritos por sucessivas existências, até que depois de calejados pelos
sofrimentos, restauram sua força de vontade e reerguem-se espiritualmente
superando as etapas obscuras para seguirem altivos e íntegros o caminho
evolutivo.
Fortalecidos então em sua estrutura espiritual estarão aptos a dar
combate aos hábitos condenáveis que produzem os desvios morais, que denigrem e
retardam a marcha evolutiva.
Só se regenera quem antes se degenerou.
A vontade do ser humano é soberana. Nada se opõe a ela quando essa
mesma vontade é colocada em ação para o bem, com ânimo forte, coragem e
determinação.
O poder da vontade no combate aos vícios – Por Rute Helena Macário