As
crianças hoje sofrem de abandono. Abandono dos pais. Os pais tem que ter
diálogo, mostrar interesse pela vida dos filhos e não acharem que já estão
cumprindo a sua obrigação em pagar os estudos e lhes proporcionar conforto
material.
Causa preocupação em pensar o
que serão desses futuros jovens quando estiverem por sua conta e risco, tendo
que enfrentar a vida fora do lar. Não terão estrutura espiritual para
ultrapassar os obstáculos que fatalmente surgirão e que são próprios do viver
neste plano físico. Educar os filhos vai além.
Como
falta espiritualidade em certas famílias!
A
espiritualidade que educa, que ensina, que é a base para o bom entendimento
entre pais e filhos. Se os pais soubessem do quanto é importante para o futuro
das crianças uma palavra adequada no momento certo!
Não
há disciplina nos lares, cada um faz o que quer na hora que bem lhe aprouver.
Sem disciplina não há ordem e sem ordem não pode haver progresso. Os adultos
são responsáveis pelos exemplos que vão passar aos filhos e disso muitos
esquecem. O espírito que vem a este plano físico processar sua evolução precisa
ser orientado, precisa ter alguém que lhe aponte o caminho correto, porque
muitos trazem más tendências e que se não forem corrigidas, se solidificam como
um hábito pernicioso que depois será difícil exterminá-lo.
E
no dia de amanhã quando esses pais forem surpreendidos ao verem seus filhos
envolvidos com péssimas companhias vão cobrar resultados positivos de uma
orientação que não existiu.
Hoje
o que se observa são crianças donas da sua própria vontade e alguns gritam em
alto e bom som que não são obrigados a nada. É bem verdade que a
individualidade deve ser respeitada, mas limites são saudáveis e necessários. E
é essa liberdade sem limites que desperta nos pequenos, os maus costumes, as
condutas reprováveis, os vícios e a ociosidade que corrompe o perfil dinâmico,
empreendedor e laborioso que o contexto da vida exige de cada um para
conquistar seu lugar no mundo.
Apressem-se
os pais a retomar o comando que lhes cabe em preparar os espíritos sob sua
guarda, para que sejam seres valorosos, justos, íntegros e verdadeiros, para que no futuro quando forem formar
suas famílias, saibam conduzir com acerto a educação de seus filhos, formando
cidadãos de bem e úteis a si mesmo e à sociedade.
Crianças
abandonadas
Por Rute Helena Macário